terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Resenha O NOME DA ROSA

O NOME DA ROSA


Em um mosteiro medieval do século XIV, o assassinato de sete monges em sete dias e sete noites desafia o extraordinário talento dedutivo de um sábio franciscano inglês que fora enviado para esclarecer as mortes.
Apesar das evidencias, os monges queriam atribuir a autoria dos eventos macabros a forças demoníacas. A igreja tendia a ver coisas diabólicas em tudo que acontecia e castigava severamente a quem duvidasse dos seus dogmas. As abadias ou mosteiros exerciam uma grande influência sobre o povo que se desenvolvia em seu entorno e viviam em sua função.
O direito não se apresentava tal como nos dias de hoje, naquele tempo cabia à igreja investigar os casos e dar a sentença para quem cometesse crimes, segundo os seus interesses é claro.
Os assassinatos estavam diretamente ligados a livros de filósofos gregos, em especial a certa obra de Aristóteles. Este livro tivera suas páginas sinistramente envenenadas de modo que, quem o folheava, ao molhar o dedo na boca para virar as páginas, ingeria o veneno e morria.
As autoridades eclesiásticas proibiam estes "tipos" de livros por julgarem que continham ensinamentos que colocavam em dúvida os dógmas da igreja. Esta obra de Aristóteles em especial, era uma comédia satírica e, portanto, proibida, pois os ensinamentos da igreja diziam que o riso fazia esquecer o diabo e o diabo era necessário para que se temesse e se buscasse a Deus. Ao contrario dos filósofos que diziam que o saber edifica o homem, os padres afirmavam que o saber os corrompia, assim, eles escondiam ou destruíam os clássicos gregos. 
Apesar de muitas tentativas de impedir o esclarecimento da trama, esta foi desvendada, mas, misteriosamente a Abadia pegou fogo destruindo todo acervo só restando alguns exemplares que se conseguiu salvar da biblioteca em chamas. 

Josenilton de Sousa e Silva.