domingo, 8 de julho de 2012

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO resenha

 Obra escrita em 1932 por Aldous Huxley. Trata-se de uma antevisão de um mundo tecnológico onde as pessoas são produzidas em laboratórios e em escala industrial. Foi traduzida  por Lino Vallandro e Vidal Serrano, do original inglês Brawe New World. São 314 páginas, em XVIII capítulos.
Aldous Huxley nasceu na Inglaterra em 26 de junho de 1894 e faleceu nos Estados Unidos em 22 de novembro de 1932.
No ano de 632(depois de Ford), a “Civilização” era uma sociedade onde imperava a impessoalidade. Através de um processo chamado Bocanowski se podia produzir, de um mesmo ovário, noventa e seis gêmeos idênticos. As pessoas eram condicionadas a aceitar suas realidades com satisfação. Esteticamente elas não envelheciam, e nem tampouco adoeciam, pois valiam-se de drogas. Não haviam lares nem famílias. Tudo era descartável, até as pessoas. Os corpos eram cremados e reciclados para a obtenção de elementos químicos.
Bernard Marx, do gabinete de psicologia, resolveu viajar com Lenina Crowne para uma reserva no Novo México chamada; Vale de Malpaís. Era um lugar onde o regime totalitário não alcançava, era cercado de telas metálicas eletrificadas donde não se podia escapar jamais. Lá, encontraram um povo totalmente diferente do que conheciam, onde se cultuava tradições, rituais e deuses. Bernard encontrou um rapaz muito peculiar que se vestia e vivia como um índio, mas que tinha os olhos e cabelos claros, e que , também, falava a sua língua.  A mãe dele viera de fora da reserva em uma excursão e se perdera do seu acompanhante, ficando grávida e entregue à própria sorte. Por se comportar de forma diferente, Linda e seu filho John foram repudiados pelos locais. O Selvagem, como ficou conhecido, e sua mãe aceitaram o convite de Bernard para irem à civilização. Para conseguir a permissão para levá-los, Marx alegou se tratar de um experimento científico comportamental.
Durante o tempo que viveu na cidade, o Selvagem,  não teve um só minuto de paz. E, após a morte de sua mãe, John passou a agredir as pessoas e a incitá-los a não tomarem as drogas que lhes davam. Por ser responsável pelo suposto baderneiro, Bernard foi punido pelos seus superiores com a pena de transferência para o Alasca. Com os poderosos no seu encalço, o Selvagem fugiu e se escondeu em um longínquo um farol abandonado. Por acaso, foi descoberto por algumas pessoas aventureiras que exploravam o local, e logo havia centenas de repórteres a importuná-lo. John os repeliu com violência, mas vieram muitos outros. Por algum tempo eles o deixavam em paz, mas logo voltaram em maior número. E a multidão delirante gritava pedindo para que o Selvagem aparecesse e se flagelasse diante deles. Entretanto, numa manhã, o que encontraram foi um homem pendurado pelo pescoço num dos arcos da escada do sótão.
Este romance escrito a tanto tempo permanece muito atual, e agora mais do que nunca com a discussão sobre a clonagem de seres vivos. Por que não acreditar que se possa clonar até seres humanos?
(JOSENILTON DE SOUSA E SILVA - Trabalho acadêmico - Direito UNAERP/Guarujá)

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