sexta-feira, 6 de julho de 2012

O LIVRO DE RUTE resenha

O Livro de Rute é o oitavo livro do velho testamento da Bíblia Sagrada. O escrito está entre o livro dos Juízes e o primeiro livro de Samuel. 
A Bíblia é uma compilação de vários autores que eram os escribas da época. É composta por 39 livros do velho testamento, (a.C.), e por 28 livros do novo testamento (d.C.). A obra estudada contém 334 páginas - Traduzida da versão inglesa de 1984 - revisada e publicada em 1986 pela editora NOVO MUNDO DAS ESCRITURAS SAGRADAS.
Rute era uma moabita que se casara com Malon, filho do cananeu-levita Elimeleque. Este estivera a peregrinar pelas terras de Moabe, com sua esposa Noemi e seus filhos, fugindo da fome que assolara a Canaã. E morreu Elimeleque marido de Noemi deixando-a com seu dois filhos; Malom e Quiliom, que tomaram para si mulheres moabitas. Estas eram Rute e Orfa, e ficaram ali por mais de doze anos. E morreram, também, Malom e Quiliom, ficando Noemi com suas duas noras, todas desamparadas de seus maridos. Então, Noemi aconselhou-as para que voltassem às suas respectivas mães em Moabe, pois não poderia ter mais filhos para se casar com elas, conforme era o costume. Ao contrário de Orfa, que voltou para os seus, Rute não quis abandonar sua sogra e seguiu com ela para Israel. Esta atitude gerou grande contentamento entre o povo de Belém. E todos a aceitaram como parte da família levita, e também passaram a admirá-lá por sua lealdade e benevolência. Nas terras de Canaã, para prover o seu sustento e de sua sogra, Rute passou a trabalhar na colheita de grãos. Foi nesses campos que ela conheceu a Boaz, por quem se apaixonou e foi correspondida. Boaz, que era o dono da plantação, era da geração de Elimeleque, seu finado sogro, e poderia remir as terras que Noemi vendera em Moabe e que pertencera a seu marido e filhos. Então, Boaz arrematou essas terras dos Moabitas.
Em Israel, ao celebrar-se um contrato, e para que fosse confirmado todo negócio, eram escolhidos dentre os anciãos da cidade, dez daqueles mais ilibados para que mediassem, as questões contratuais. No ato da transação o contratante descalçava  seu sapato e dava-o à outra parte por testemunho. E assim foi feito. Havia, também, um costume segundo o qual quando um homem morria sem ter tido filhos, o seu irmão era obrigado a tomar a viúva daquele por esposa. E o primogênito dessa relação seria do finado, para que fosse suscitado o nome do defunto dentre os seus.
Embora não fosse irmão de Malom, e sim o seu tio, Boaz tomou a Rute por mulher e esta foi morar na casa dele. Mais tarde Rute concebeu a um filho que se chamou Obede. Este seria o pai de Jessé, pai de Davi. E o nome de Malom foi suscitado em sua família. Então, Noemi que outrora ficara desamparada, agora voltara a ter guarida junto à sua nora. E o pequeno Obede era, indiretamente, e legalmente,  o seu neto, de quem fora a sua ama e dele teve conservada a sua velhice. 
O livro de Rute é uma escritura que mostra como a benevolência e lealdade de uma nora para com sua sogra, acabou por beneficiar a ambas. A obra, também, aborda a parte jurídica dos contratos celebrados, tal como era  o costume daquela época. Mostra, também, que o sentido de moral, para cada povo em determinada época, pode ser muito diverso. A poligamia, por exemplo, era um comportamento normal para aquelas pessoas. A forma e o vocabulário empregado no texto bíblico são peculiares, o que obriga o leitor a ter uma atenção especial. Outrossim, as primeiras escrituras foram feitas em hebraico-aramaico, e foram traduzidas para o grego e o latim e posteriormente para o inglês e outras, o que gerou muita distorção do texto original.  

 JOSENILTON DE SOUSA E SILVA - acadêmico de direito da Faculdade UNAERP Guarujá.
     

Nenhum comentário:

Postar um comentário