O Livro de Rute é o oitavo
livro do velho testamento da Bíblia Sagrada. O escrito está entre o
livro dos Juízes e o primeiro livro de Samuel.
A Bíblia é uma compilação de vários
autores que eram os escribas da época. É composta por 39 livros do velho testamento,
(a.C.), e por 28 livros do novo testamento (d.C.). A obra estudada contém 334 páginas - Traduzida da versão inglesa de 1984 - revisada e publicada em 1986 pela editora
NOVO MUNDO DAS ESCRITURAS SAGRADAS.
Rute era uma moabita que se casara
com Malon, filho do cananeu-levita Elimeleque. Este estivera a peregrinar pelas
terras de Moabe, com sua esposa Noemi e seus filhos, fugindo da fome que
assolara a Canaã. E morreu Elimeleque marido de Noemi deixando-a com seu dois
filhos; Malom e Quiliom, que tomaram para si mulheres moabitas. Estas eram Rute
e Orfa, e ficaram ali por mais de doze anos. E morreram, também, Malom e
Quiliom, ficando Noemi com suas duas noras, todas desamparadas de seus maridos.
Então, Noemi aconselhou-as para que voltassem às suas respectivas mães em
Moabe, pois não poderia ter mais filhos para se casar com elas, conforme era o
costume. Ao contrário de Orfa, que voltou para os seus, Rute não quis abandonar
sua sogra e seguiu com ela para Israel. Esta atitude gerou grande contentamento
entre o povo de Belém. E todos a aceitaram como parte da família levita, e
também passaram a admirá-lá por sua lealdade e benevolência. Nas terras de
Canaã, para prover o seu sustento e de sua sogra, Rute passou a trabalhar na colheita de grãos. Foi nesses campos
que ela conheceu a Boaz, por quem se apaixonou e foi correspondida. Boaz, que
era o dono da plantação, era da geração de Elimeleque, seu finado sogro, e
poderia remir as terras que Noemi vendera em Moabe e que pertencera a seu
marido e filhos. Então, Boaz arrematou essas terras dos Moabitas.
Em Israel, ao celebrar-se um
contrato, e para que fosse confirmado todo negócio, eram escolhidos dentre os
anciãos da cidade, dez daqueles mais ilibados para que mediassem, as questões
contratuais. No ato da transação o contratante descalçava seu sapato e dava-o à outra parte por
testemunho. E assim foi feito. Havia, também, um costume segundo o qual quando
um homem morria sem ter tido filhos, o seu irmão era obrigado a tomar a viúva
daquele por esposa. E o primogênito dessa relação seria do finado, para que
fosse suscitado o nome do defunto dentre os seus.
Embora não fosse irmão de Malom, e
sim o seu tio, Boaz tomou a Rute por mulher e esta foi morar na casa dele. Mais tarde Rute concebeu a
um filho que se chamou Obede. Este seria o pai de Jessé, pai de Davi. E o nome
de Malom foi suscitado em sua família. Então, Noemi que outrora ficara
desamparada, agora voltara a ter guarida junto à sua nora. E o pequeno Obede
era, indiretamente, e legalmente, o seu
neto, de quem fora a sua ama e dele teve conservada a sua velhice.
O livro de Rute é uma escritura que
mostra como a benevolência e lealdade de uma nora para com sua sogra, acabou
por beneficiar a ambas. A obra, também, aborda a parte jurídica dos contratos
celebrados, tal como era o costume
daquela época. Mostra, também, que o sentido de moral, para cada povo em
determinada época, pode ser muito diverso. A poligamia, por exemplo, era um
comportamento normal para aquelas pessoas. A forma e o vocabulário empregado no
texto bíblico são peculiares, o que obriga o leitor a ter uma atenção especial.
Outrossim, as primeiras escrituras foram feitas em hebraico-aramaico, e foram
traduzidas para o grego e o latim e posteriormente para o inglês e outras, o
que gerou muita distorção do texto original.
JOSENILTON DE SOUSA E SILVA - acadêmico de direito da Faculdade UNAERP Guarujá.
JOSENILTON DE SOUSA E SILVA - acadêmico de direito da Faculdade UNAERP Guarujá.
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