A obra O
que é Política foi escrita por Wolfgang Leo Maar e publicado pela editora
brasiliense s. a. em 1982. Teve sua 16ª edição em 1994 e uma 19ª reimpressão em janeiro 1998. Faz parte da coleção primeiros passos; 54.
Apresenta-se em formato de bolso e tem 110 páginas.
O autor
Wolfgang Leo Maar é professor da Universidade Federal de São Carlos. Estudou na
Escola Politécnica, no Instituto de Física e na Faculdade de Filosofia, Letras
e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, em cujo Centro Residencial fez
política estudantil até ser preso por ocasião da decretação do Ato
Institucional nº 5, em 1968. Participou
intensamente da vida sindical e política. Como analista
político escreveu nos principais jornais, revistas e semanários, destacando-se
um longo período como colaborador da Folha de São Paulo. No debate
político cultural tem se dedicado à discussão e elaboração de propostas de
reforma educacional e universitária, seja nas entidades de classe, seja no
plano partidário.
Embora seja
aplicada num sentido muito vago a palavra política pode ser precisa, em seu
significado, dentro do contexto histórico em que esteja envolvida. A política é a referência em todas as
dimensões do cotidiano de uma sociedade. Ela surge da própria convivência do homem em sociedade e questiona qualquer mudança desta que não seja natural e
sim pela atividade do próprio homem Homens que se apoderam desta política para
chegar ao poder e dele usufruir: O poder político institucional.
A política
nasce com a própria história, com o dinamismo de uma sociedade em constante
transformação e que, muitas vezes, revela-se insuficiente e insatisfatória e,
que não é fruto do acaso e sim das atividades do próprio homem vivendo em
sociedade. Cada segmento
ou grupo tem sua política de alguma forma, mas quando alguém diz que tem que
ser mais político, refere-se a se aproximar da esfera política institucional. Há uma
referência à palavra que é unanimidade, é a política no plano do poder
institucional; deputados, senadores, órgãos administrativos públicos, são
políticos. Porém toda atividade associada com a esfera institucional também é
política. Então se dá a impressão que a política só serve para atingir o poder. Entre votos e armas foram desenvolvidas
diversas formas de se apoderar da “política” em proveito próprio.
Mas há um conjunto onde esta palavra toma um
outro significado; são as igrejas, associações de bairros, sindicatos, grupos
feministas, etc, que têm por finalidade, além de seus interesses próprios, os
interesses sociais dos seus filiados. Então
concluímos que o que existe não é política e sim políticas. São propostas
políticas interagindo entre si em constante dinamismo, ora prevalecendo uma ora
outra, ou nenhuma delas, é o que se chama de “crise política” ou situação
hegemônica.
Nas sociedades
contemporâneas onde as instituições políticas são mais estáveis, sobretudo nas
sociedades capitalistas, estas instituições tornam-se máquinas empresariais, e
podendo erradicar a miséria e a pobreza, não o fazem, rompendo assim, seus
compromissos com a representação social.
Das diferentes
formas de política destaca-se a
Democracia. A tão difundida ideia de juntar esforços apagando as diferenças
para realizar metas, para que a
diversidade possa respeitar os interesses individuais.
A política
surgiu com a atividade social dos homens na Polis, a cidade-Estado grega.
Durante a
Idade Média a atividade política se apresentaria numa duplicidade de formas; de
“poder político” exercido pela nobreza e de “poder civil” exercido pelo clero
religioso. Era a dominação pela força e a direção pela persuasão ou
convencimento.
Neste contexto
Maquiavel propõe uma nova forma de agente político, o “príncipe”, o governo do
Estado, transferindo para ele todas as decisões importantes.
Já, Marx
mostra que o modo de produção capitalista modifica os homens dando-lhes menos
valor do que às coisas que fabricam. A produção capitalista tira a dignidade do
homen tornando-o “alienado”. Por isso Marx desloca a questão do Estado para as
classes sociais. Para ele o governo (Estado) representa uma classe e precisava
submeter-se a interesses dessa classe. O grande feito de Marx foi atribuir às
diversas classes sociais um significado político sem transformá-las em classes
políticas nos moldes do Estado.
O cerne da
própria atividade política é a análise entre classes dominantes e dominadas,
exploradores e explorados. Para Gramsci,
no entanto, o príncipe moderno é o partido político cuja meta é ser governo,
ele reúne forças e estruturas
partidárias para tal.
A
imprevisibilidade da política é que a torna interessante por significar mudança
e transformação.
O homem produz sua própria história, disse
Angels, mas não segundo as condições que eles escolhem. Depende da
circunstancia histórica anterior que lhe servem de base.
A política atinge a maturidade quando passa a
distinguir Estado de governo. O governo é o agente do Estado, que impõe
condições e exigências. Então para ter
acesso à política tem que se tornar agente.
A democracia
deve ter seu valor aqui e agora e, portanto, ter valor conjuntural específico:
a garantia da maior representatividade e da mais ampla participação do cidadão
nas decisões políticas, retirando-as da alçada exclusiva do Estado capitalista.
Dois
artifícios utilizados pelo agente do Estado para governar denominam-se:
“coerção e hegemonia”. Quando o Estado reprime uma passeata está usando a
coerção, e a força. Quando faz propaganda de seus atos para ganhar uma eleição,
está procurando a hegemonia.
O exercício do
voto constitui um objetivo político para demandas da sociedade. Porém a
confrontação política real se exprime na coerção das armas ou das leis e vale
permanentemente todos os dias e não só de quatro em quatro anos.
Esta é uma
obra onde o autor procura abordar os diversos aspectos que toma a política.
Para isso pesquisou diversas obras de pensadores como; Aristóteles, Maquiavel,
Rousseau, Marx, Lenin e outros, clássicos e contemporâneos, que dissertaram
sobre o tema. Leo Maar procura, através de citações, tentar esclarecer as
diversas facetas do vocábulo “política”. É uma leitura rápida e de fácil
compreensão, que dá ao leitor a oportunidade de conhecer um pouco de um tema
importantíssimo para a vida do homem em sociedade.
JOSENILTON DE SOUSA E SILVA - acadêmico de direito da Faculdade UNAERP Guarujá.
JOSENILTON DE SOUSA E SILVA - acadêmico de direito da Faculdade UNAERP Guarujá.
Estive em um seminário na cidade de Cajamar, onde estava também o companheiro, e ex presidente LULA, quando um companheiro se dirigiu ao LULA perguntando: LULA o que é política? E o LULA respondeu: Companheiro, 'POLÍTICA É A ARTE DE SAPO DAR RASTEIRA EM SAPO...
ResponderExcluirEsta resposta também poderia está neste livro...
O companheiro Lula deu uma RASTEIRA em todos buscando unir-se ao Maluf.
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